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domingo, 25 de outubro de 2015

Cavanejo de Junco

Estes cestos, que aqui na minha zona se chamam CAVANEJOS, eram muito comuns antigamente. São feitos com junco, uma planta que cresce em algumas linhas de água, muita paciência e habilidade de mãos. Serviam para transportar e armazenar os mais diversos produtos e até para pôr as galinhas a chocar!

Este é herança do Maridito, era usado pelo Avô no carro da mula, para levar o piporro da água para o campo. Para ser fácil de prender aos varais do carro, tem as duas asas mais próximas e não em frente uma à outra, como é comum. Estava ali no sótão e, de vez em quando, sorria-me. Um dia não lhe resisti. 
O junco estava demasiado seco e o cesto tinha um ar triste. 

Pensei em várias alternativas para dar um ar mais interessante ao cavanejo. Achei que a melhor solução seria dar-lhe vaselina liquida. 

 Após várias camadas e algum tempo de espera, demasiado para o meu gosto, o cesto ganhou um ar novo. Os tempos de espera são muito importantes, porque a vaselina líquida é um produto muito gorduroso e há que lhe dar tempo para infiltrar no cesto e o ir hidratando a pouco e pouco.



 Agora uso-o para guardar os taleigos onde guardo os (demasiados!) trabalhos que tenho entre mãos.


Acho que o cavanejo merece bem esta segunda oportunidade, dada por esta neta emprestada, que lhe arranjou um uso muito diferente do anterior.

Até breve!!

sábado, 24 de outubro de 2015

O Côco

Tal como falei aqui, eu não escolhi os gatos que tenho, fui acolhendo os que me foram aparecendo. E o Côco não foi exeção...
Eu sabia que a gata de rua que acolhi, a quem chamei Mia, poderia ter filhotes num quintal próximo e já previa que isto acontecesse, mas não exatamente com este contornos. 


Uma tarde vi este gatinho na parede do meu quintal, justamente no lugar onde a Mia se costumava deitar. Vi logo que se tratava de uma das crias, que ela a tinha trazido ou que a tinha seguido.

Tentei que ele descesse e só o consegui com a ajuda de pedacinhos de fiambre. Estava faminto, devorou uma quantidade de ração quase incomportável para um corpinho tão pequeno. 

As visitas da Mia foram-se tornando cada vez menos frequentes, quando vinha e o pequenino se queria aproximar dela, afugentava-o com uma violência que eu não lhe conhecia. E o pequenino foi ficando e a mãe deixou de morar cá... Acho que o veio cá deixar. Ela anda por aqui, passa no telhado e espreita cá para baixo, mas não desce, nem quando a tento subornar com uma taça de comida.

Ele cresceu e engordou bastante, nem parece o mesmo que aqui chegou. Passa o tempo a implicar com o Kiko, só está bem deitado onde ele está, a comer do mesmo comedouro, ... e ele lá o vai tolerando cá em casa. Adora ver televisão, fica vidrado a olhar. Chamamos-lhe Côco, por sugestão de uma prima, outra gateira assumida.

E é isto, eu que definitivamente me tornei gateira, há pouco tempo tinha uma gata adulta e agora tenho um gato novo.  

Até breve!!