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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Enxoval de memórias

Este post poderia ter outros títulos, "Dei volta ao enxoval" ou "Tenho muito que aprender" ou "O antes e depois do quarto" e todos seriam adequados.
Num dia de limpeza a fundo, resolvi pôr a uso algumas coisas que "trouxe no enxoval" e que raramente saem do armário. Mas desta vez já estavam cá fora e resolvi dar-lhes uso. 


Ao observar com atenção cada uma destas peças percebo realmente o longo caminho que terei que percorrer para aprender o que as mulheres da minha família fizeram neste mundo das agulhas...

Tenho estes "cortinadinhos" junto ao vidro pois a Minha Casinha d'Aldeia, como a generalidade das casinhas das aldeias da minha região, é uma casa térrea e  as pessoas passam no passeio mesmo ali juntinho à minha janela.


 Foram feitos por uma Prima na altura que eu vim morar para esta casa, justamente por causa das "espreitadelas alheias".


Têm um bordado e umas bainhas abertas que garanto que são bem mais bonitos ao vivo do que a fotografia mostra...

O naperon foi feito pela minha mãe. Estou sempre a dizer que não gosto especialmente de naperons, mas o facto é que os continuo a usar aqui em casa...


Estes lençóis amarelinho clarinho foram um trabalho conjunto de outra Prima, já velhota, que fez a renda (ao ombro, como as mulheres de antigamente faziam!) e a minha mãe, que fez os lençóis e lhe aplicou a renda.


Na prateleira onde tenho as bijuterias e afins, tenho este naperonzinho, feito pela mina avó materna. É das poucas coisas feitas por ela que tenho, morreu cedo e eu era muito pequena. Uso-o neste sítio sobretudo pelo carinho que lhe tenho, não necessariamente por achar que fica ali bem.




Este paninho é talvez a peça mais antiga deste meu estimado espólio familiar de objetos e de memórias. 

E a colcha? Esta colcha foi feita pela minha bisavó, a Avó Velhinha que viveu connosco até aos meus 10 anos. Não a fez para mim, fê-la para uma das suas filhas. Mas quando essa filha faleceu, trouxe-a de volta e decidiu que era para mim, eu devia ter uns 4 ou 5 anos...


 Foi uma mulher de armas esta minha bisavó que todos conheciam por Conceição mas cujo nome de registo oficial não tinha nada a ver. Trabalhou duramente a vida inteira e sobreviveu à morte do marido e das suas quatro filhas. 


Resolvi juntar ali a minha almofada com as aplicações de crochet, não sei se fica ali muito bem, mas quis juntar ali o que eu sei fazer, é a "minha parte" neste conjunto de peças que para mim têm um valor inquestionável.

O banco que está por baixo da janela era da mobília de quarto dos meus avós paternos, falei dele aqui  quando o recuperei. Pelo post do banco dá mais ou menos para ver como estava o quarto antes. Não faz muita diferença, mas ficou mais claro e o meu coração mais cheio!!

sábado, 18 de julho de 2015

Doce de courgette

   Nesta Casinha nós somos muito felizes! E desta Casinha chegam à Minha Casinha d'Aldeia legumes e fruta da época, tudo biológico e semeado pelo meu Pai. Não sei se feliz se infelizmente, ficou desempregado aos cinquenta e poucos anos, uma idade em que se é velho para um novo emprego e novo para a reforma! Mas, como no dito popular "se a vida só te der limões, faz boas limonadas" e foi o que ele fez. Após muitas angústias e noites mal dormidas, dedicou-se ao cultivo da terra e, na minha opinião, acho que rejuvenesceu 10 anos!
    Desta vez, por entre tomates, pimentos e melões, vinha uma courgette gigante e um recado: "Ouvi falar de doce de courgette, procura lá aí na internet como se faz e experimenta a fazer." Ora, filha bem mandada que sempre fui, procurei o que me foi pedido.

     Encontrei diferentes receitas, mas fiz à minha maneira, sem cumprir exatamente nenhuma:
1º Descasquei (o Marido descascou!) e cortei a courgette em cubos;
2º Pesei e juntei metade do peso da courgette de açucar amarelo, deu 1.350gr de courgette, usei pouco menos de 700 gr de açucar;
3º Juntei uma estrelinha de anis e deixei repousar uma hora e tal, até o açucar ficar líquido;


4º Deitei a courgette com o açucar numa panela e liguei o fogão em lume médio;
5º Juntei ao que estava na panela: 2 paus de canela, raspa de duas laranjas e sumo de uma;
6º Deixei ir cozinhando,mexendo sempre que necessário até atingir o ponto estrada;


7º Coloquei nos frasquinhos ainda quente e voltei os frasquinhos de boca para baixo, para conservar mais tempo.

Ficou bom e, barrado nas torradinhas da manhã, sabe-me muito bem. Mas continuo a preferir doce de abóbora.

Até breve!!

terça-feira, 14 de julho de 2015

Cestas de palhinha

Depois de fazer as duas cestinhas anteriores, lembrei-me que tinha esta verde, comprada na praia há uns 10 anos! E a minha amiga deu-me a das asas vermelhas, que há tempos veio com uma revista.

Então foi "pôr mãos à obra":

 Cosi uns pompons à volta que, além de decorativos, serviram para reforçar as asas que já estão a ficar deterioradas. Fiz uns corações de crochet, que também cosi à cesta.

 Esta cesta foi usada durante muito tempo com novelos de lã e linha, tornou-se redonda. Decidi coser um botão e uma correntinha de malhinhas de cordão para fazer esta espécie de fecho, na esperança de ver se a cesta retoma a sua forma original.


A cestinha que a minha amiga me deu ficou assim:
 Usei os mesmos pompons da anterior e apliquei um naperon de crochet...

Para aplicar o naperon na cesta, colei-o primeiro com cola braca. Só depois de estar firme é que cosi,  pois antes de colar, o naperon estava sempre a desviar-se do lugar que eu queria. A cola branca fica transparente depois de secar e, caso comece a descolar-se com o uso, também não há problema porque  já esta bem cosido.

E este verão irei, feliz, à praia e às compras de cestas velhas com cara nova!
Até breve!!

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Cestas de Praia

Estas cestas de praia já haviam tido dias mais felizes... Eram velhas e muito usadas, muitos dias de praia, alguns de piscina, grande parte do ano guardadas no sótão... a branca minha e a de palhinha da minha amiga.
Ela pediu-me para dar um up na dela e a minha foi por arrasto. E não vamos ficar por aqui, mais cestinhas vão ser reinauguradas com mais charme do que alguma vez tiveram. Mas concentremos-nos nestas duas.
 Nesta da minha amiga foi só aplicar este galão. Bem que tentei convencê-la a aplicar uns corações em crochet, também cremes, mas não a convenci. "Eu gosto assim, não vale a pena estares a ter mais trabalho", foi a resposta que me deu. Protesto!!!

A minha está um bocadinho mais "composta":

Fiz uma tira em "pauzinhos" ou pontos altos ou lá como se chamam e sete enfeites triangulares que nem sei bem como lhe chamar...


(Este é o livro que ando a ler, Ema, da escritora Jane Austen.)

Primeiro cosi a tira à cesta...

E depois os triângulos à tira...
 E o resultado final agradou-me bastante! 


A Senhora Cesta que se segue será esta:

Até breve!!