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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

98 anos extraordinários

Tenho o privilégio de morar ao lado de uma pessoa extraordinária! A minha vizinha Ana Rosa, já falei dela aqui e aqui. Tem uma filosofia de vida e uma forma de encarar o mundo dignas de registo.

Veio oferecer-me estas flores, colhidas no seu quintal, o seu lugar preferido.



Não teve uma vida fácil, antes pelo contrário, mas tem uma alegria de viver pouco comum. 

Não resisto a registar aqui a nossa conversa há poucos dias, pois aos 98 anos ainda faz planos a médio prazo. Explicou-me que no próximo verão (quando fará 99!) irá mandar um pedreiro fazer umas modificações no canteiro, mesmo que nesse ano os bolbos não saiam muito bonitos. Conclusão: tem 98, aos 99 arranja o canteiro para, a partir dos 100 semear os bolbos sem preocupações!! :)

O convívio com ela é uma lição de vida!


Até breve!!

sábado, 5 de dezembro de 2015

Casaco de crocet

Com base num casaquinho creme que a minha mãe fez para mim, decidi experimentar fazer um para a minha sobrinha. Nunca tinha feito nenhum, foi a primeira vez que tentei e até estou feliz com o resultado final (gaba-te cesto!! ;)).

 Experimentei primeiro com uma lã cinzenta que sobrou de uma mantinha, para conseguir adequar o tamanho ao nº de pontos altos necessários para cada um dos lados.


Começa-se pelo pescoço, faz-se o tronco todo, depois as mangas e só depois o gorrinho.




 Não têm botões, nem o creme que a mãe fez para mim, nem o branquinho que eu fiz para a minha sobrinha. Aperta no pescocinho com uma espécie de cordão, que depois faz um lacinho. É para vestir com umas jardineiras.

Gostei muito de o fazer! 
Até breve!!

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Dois gorrinhos vermelhos para dois irmãos

Fiz dois gorrinhos iguais para dois irmãos, meus priminhos...
Comecei o primeiro gorro no último dia de praia, no fim de setembro.

Usei lãs e agulhas com espessuras diferentes, o que originou gorrinhos de tamanhos diferentes. No mais pequeno trabalhei com lã Coral e agulha 3.00 mm; no maior usei a lã Miltons que já usei N vezes e a agulha nº 4.



Quando os comecei, achava que seriam já presentes de Natal. Mas agora estou com dois problemas: controlar a vontade enorme de ver as suas cabecinhas quentinhas com os meus gorrinhos e algum receio de que o mais pequeno deixe de servir, porque a criança está a crescer "a olhos vistos"...
Vamos ver, mas acho que os vou dar já.
Até breve!!

domingo, 1 de novembro de 2015

O dia em que decidi gostar do Outono

Foi hoje! 
Hoje cheguei à conclusão que, não gostando de outonos, desperdiçava 1/4 do ano!! 
E hoje decidi gostar do Outono... 
Até agora achava deprimente os dias ficarem mais pequenos, passar a sair de casa quando ainda está escuro, ver as árvores a ficar sem folhas, ter frio, ...
Mas esta semana dei por mim a apreciar as cores das árvores com um sorriso... E comecei a pensar no que o outono teria de bom. E até encontrei algumas coisas, mesmo sem sair de casa. É época de fazer doces, de acender a lareira; gosto de ouvir a chuva, de assar castanhas; as plantas do quintal ganham uma luz diferente; imagino uma infinidade de projetos com lãs; ...





 E, dos mil projetos que tenho em mente, este vai começar a ganhar forma, um gorrinho verde para o meu amiguinho Daniel, o amiguinho para quem fiz o meu primeiro gorrinho.

 Este taleigo foi feito por uma velhinha, está perfeitíssimo!!






E hoje decidi gostar do Outono... Pudera eu tomar a decisão de gostar de outras coisas!

Até breve!!

domingo, 25 de outubro de 2015

Cavanejo de Junco

Estes cestos, que aqui na minha zona se chamam CAVANEJOS, eram muito comuns antigamente. São feitos com junco, uma planta que cresce em algumas linhas de água, muita paciência e habilidade de mãos. Serviam para transportar e armazenar os mais diversos produtos e até para pôr as galinhas a chocar!

Este é herança do Maridito, era usado pelo Avô no carro da mula, para levar o piporro da água para o campo. Para ser fácil de prender aos varais do carro, tem as duas asas mais próximas e não em frente uma à outra, como é comum. Estava ali no sótão e, de vez em quando, sorria-me. Um dia não lhe resisti. 
O junco estava demasiado seco e o cesto tinha um ar triste. 

Pensei em várias alternativas para dar um ar mais interessante ao cavanejo. Achei que a melhor solução seria dar-lhe vaselina liquida. 

 Após várias camadas e algum tempo de espera, demasiado para o meu gosto, o cesto ganhou um ar novo. Os tempos de espera são muito importantes, porque a vaselina líquida é um produto muito gorduroso e há que lhe dar tempo para infiltrar no cesto e o ir hidratando a pouco e pouco.



 Agora uso-o para guardar os taleigos onde guardo os (demasiados!) trabalhos que tenho entre mãos.


Acho que o cavanejo merece bem esta segunda oportunidade, dada por esta neta emprestada, que lhe arranjou um uso muito diferente do anterior.

Até breve!!

sábado, 24 de outubro de 2015

O Côco

Tal como falei aqui, eu não escolhi os gatos que tenho, fui acolhendo os que me foram aparecendo. E o Côco não foi exeção...
Eu sabia que a gata de rua que acolhi, a quem chamei Mia, poderia ter filhotes num quintal próximo e já previa que isto acontecesse, mas não exatamente com este contornos. 


Uma tarde vi este gatinho na parede do meu quintal, justamente no lugar onde a Mia se costumava deitar. Vi logo que se tratava de uma das crias, que ela a tinha trazido ou que a tinha seguido.

Tentei que ele descesse e só o consegui com a ajuda de pedacinhos de fiambre. Estava faminto, devorou uma quantidade de ração quase incomportável para um corpinho tão pequeno. 

As visitas da Mia foram-se tornando cada vez menos frequentes, quando vinha e o pequenino se queria aproximar dela, afugentava-o com uma violência que eu não lhe conhecia. E o pequenino foi ficando e a mãe deixou de morar cá... Acho que o veio cá deixar. Ela anda por aqui, passa no telhado e espreita cá para baixo, mas não desce, nem quando a tento subornar com uma taça de comida.

Ele cresceu e engordou bastante, nem parece o mesmo que aqui chegou. Passa o tempo a implicar com o Kiko, só está bem deitado onde ele está, a comer do mesmo comedouro, ... e ele lá o vai tolerando cá em casa. Adora ver televisão, fica vidrado a olhar. Chamamos-lhe Côco, por sugestão de uma prima, outra gateira assumida.

E é isto, eu que definitivamente me tornei gateira, há pouco tempo tinha uma gata adulta e agora tenho um gato novo.  

Até breve!!

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Mostarda e Coca-cola? Repete lá...


Mostarda e Coca-cola? Repete lá... Foram as palavras que pronunciei quando me disseram que esta mistura servia para tirar a ferrugem! 
Muito reticente, lá experimentei, afinal era coca-cola e mostarda que eu até tinha em casa. E não é que resulta? Pois é...

Na casa da minha mãe existe esta peça há mais de 30 anos, para ela tem um significado especial. É feita de uma espécie de latão a imitar cobre. E eu tenho com esta chaleira (ou lá que nome terá esta peça) uma relação de amor-ódio há muitos anos: se, por um lado, sempre gostei muito dos relevos e das partes de loiça pintada com motivos azuis, o seu tom acobreado com picos de ferrugem, irritava-me solenemente... Tentei que a Mãe me deixasse pintá-la de uma cor forte, mas não autorizou.



 Estava com este aspeto, quando me falaram do truque da mostarda com coca-cola e para esta operação já tive autorização. Deitei mãos à obra e a ferrugem foi desaparecendo...



A tampa foi a primeira parte que tratei...


A chaleira foi mais difícil, devido aos relevos...


As minha mãos e unhas foram verde fluorescente durante dois dias e o lava-loiça ficou encardido, só com lixívia é que consegui livrar-me da sujidade.


Mas o resultado final, na minha opinião, valeu a pena. 


Foi impossível recuperar algumas partes, já estavam completamente corroídas.


Fiquei feliz por me ensinarem esta estratégia simples que resultou bem e por ver "a peça" a reluzir na chaminé de lume da casa dos meus pais.

Até breve!!

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

O que se tem feito por aqui...

Além de aproveitar os últimos dias que deram para ir à praia, por aqui têm-se feito pequenas "artesanices":

Terminei os quadrados solidários para o projeto da Manta pelos Direitos dos Idosos, do qual já falei aqui e aqui.

Aqui estão eles, já devidamente empacotados e preparados para ir mandar pelo correio! Conseguimos aproximadamente 60 quadrados, em duas fases. Não foi muito, face ao que muitas pessoas e instituições têm enviado, mas foi com carinho.

Terminei outro babete, ainda dos que as amigas da minha mãe fizeram para eu bordar em ponto cruz para a Maria Clara...





 Adoro estes livros que lhe comprei, são histórias e ilustrações da autoria de Beatrix Potter, uma senhora que viveu à frente do seu tempo e nos deixou um legado fantástico de histórias infantis, com uma perspetiva ambientalista rara, muito antes destes temas fazerem parte do quotidiano. A Maria Clara também parece gostar, fica ao colo a mexer nas folhas e muito atenta aos desenhos, sons e texturas, vamos ver se também gostará de ler quando tiver idade, assim o espero!



Fiz um pequeno bordado para identificar o bibe de uma amiguinha pequenina, que vai este ano pela primeira vez para o pré-escolar.



E comecei dois trabalhos já a pensar no frio que aí vem...
Um casaco para a Maria Clara, que já vai na segunda tentativa, e se correr bem desta, palpita-me que vai ser o primeiro de vários...


 E uma touquinha também para a Princesa, porque a minha irmã não gosta nada de a ver de gorro e eu resolvi experimentar este modelo, que estou a "magicar" com base no gorro de um casaco, mas que resolvi começar ao contrário do que vi... 



E projetos? Muitos... já também a pensar no Natal.
Até breve!!