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segunda-feira, 28 de abril de 2014

351 páginas de Madrugada Suja em 24 horas!

Fiz outra maratona de leitura e consegui ler este livro de Miguel Sousa Tavares rapidamente!!

O autor usa uma linguagem sem floreados, mas que nos mantém agarrados à leitura de princípio ao fim.  Li algumas críticas que o consideravam menor que Equador e Rio das Flores e não sei se concordo, acho que não.

Não envolve a mesma contextualização histórica dos livros anteriores e os romances históricos são muito do meu agrado, por isso, na minha opinião, ficará aquém. Mas é um livro diferente, que não deixa de nos dar uma visão rápida do que foi a Reforma Agrária do pós 25 de Abril e a forma como o país viveu nas últimas décadas, entre subsídios da União Europeia mal geridos e o compadrio politico/económico. 

Encontrei frases no livro que era muito fácil imaginar o autor a dizê-las/escrevê-las sobre casos reais, quando faz comentários/artigos na comunicação social. Se tivéssemos que encontrar uma “moral da história”, esta estaria sem dúvida relacionada com o facto de os valores e o profissionalismo prevalecerem sobre a falta de honestidade comummente aceite.


Encontrei aqui uma entrevista do autor sobre o livro.
Deixo também a Sinopse que retirei daqui:

Sinopse
No princípio, há uma madrugada suja: uma noite de álcool de estudantes que acaba num pesadelo que vai perseguir os seus protagonistas durante anos. Depois, há uma aldeia do interior alentejano que se vai despovoando aos poucos, até restar apenas um avô e um neto. Filipe, o neto, parte para o mundo sem esquecer a sua aldeia e tudo o que lá aprendeu. As circunstâncias do seu trabalho levam-no a tropeçar num caso de corrupção política, que vai da base até ao topo. Ele enreda-se na trama, ao mesmo tempo que esta se confunde com o seu passado esquecido. Intercaladamente, e através de várias vozes narrativas, seguimos o destino dessa aldeia e em simultâneo o dos protagonistas daquela madrugada suja e daquela intriga política. Até que o final do dia e o raio verde venham pôr em ordem o caos aparente.

Enfim, continuo a preferir o Rio das Flores, mas “Madrugada Suja” não é menor, é diferente.
E agora vou focar-me no (muito) trabalho que me espera, mas com mais vontade. 
Até breve!!

domingo, 27 de abril de 2014

Em modo "leitura compulsiva"

Os últimos tempos têm sido pouco dados às linhas ou aos pincéis e muito ocupados com as leituras. 
A "O Homem de Constantinopla" seguiu-se o "O Amor nos Tempos de Cólera", como falei  aqui. E foi com muita tristeza que vi morrer o autor do livro que eu estava a ler, Gabriel Garcia Marquez. Foi, de facto, um autor extraordinário que nos deixou um legado verdadeiramente magnifico!!

Fiz uma pesquisazinha básica no Sr Google e encontrei uma pequena síntese desta obra  neste blog

"Um romance de realismo fantástico que fala sobre um amor sem barreiras num cenário de uma pequena cidade do Caribe em fins do século XIX. O amor de dois jovens e suas cartas transbordando de emoção e lirismo são interrompidas pelos preconceitos e hipocrisias da sociedade da época. Florentino Ariza jura amor eterno a Fermina Daza e mesmo quando sua amada casa-se com Juvenal Urbino, sua jura persiste e espera 53 anos, 7 meses e 11 dias, quando seu rival morre, para ter seu amor em seus braços.

Florentino Ariza se relaciona com diversas mulheres, mas nunca se envolve com nenhuma, para conservar-se livre para o momento que poderá ter seu verdadeiro amor. 
Constrói fortuna, mas não para si, sempre pensando no dia que conquistará o coração de Fermina Daza.

Um incrível e irresistível romance que trata do amor, da velhice e da morte. O sentimento que persiste em todas as fases da vida, que mesmo que esteja destinado a morte, se mantêm acesso enquanto a energia vital persistir. Com seu maravilhoso talento e seu estilo próprio de narração que insere o leitor num emaranhado de histórias sem nenhum tipo de sistematização, Gabriel Gárcia Marquez fala sobre o um amor que desabrocha quando mais nada se espera da vida e por isso mesmo torna-se tão intenso." Retirado de http://bomlergarciamarquez.blogspot.pt/2007/05/resumo-amor-nos-tempos-de-clera.html

E a seguir ao "Amor nos tempos de Cólera" li, "Doze contos peregrinos":

Imagem retirada de: http://www.fnac.pt/Doze-Contos-Peregrinos-Gabriel-Garcia-Marquez/a175812
 
Neste blog encontrei uma descrição da obra com a aqual não podia estar mais de acordo! 
Todos os contos relatam a história de latino-americanos que vieram à/ para a Europa. O meu conto preferido foi o "Maria dos Prazeres", a forma como uma prostituta de 76 anos prepara ao pormenor os aspetos práticos da sua morte e a sua relação com o seu cão. 

E o Senhor que se segue será Miguel Sousa Tavares, com a sua "Madrugada Suja". 


Deste autor, já li "Equador" e "Rio das Flores". Gostei muito de ambos os livros, mas a história e a contextualização geográfica do segundo faz-me preferi-lo. Vamos ver o que acho do terceiro livro!

Até breve!!